Liga BPI Fantasy: Rescaldo da Jornada 19

Fica a saber tudo o que se passou na Jornada 19 e qual a jogadora que mais se destacou em cada jogo.

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(5º) SF Damaiense 2—1 CA Ouriense (11º)

Sábado, 15h00 | Parque Desportivo Eugénia e Joaquim Cannas da Silva
Resumo: https://www.youtube.com/watch?v=keKGq8deVnE

O SF Damaiense venceu o CA Ouriense por 2–1, com o golo da vitória a surgir já na segunda parte, de penálti, numa altura em que a sua equipa jogava com menos uma atleta por expulsão de Marta Ferreira. A equipa da Damaia entrou forte e determinada no jogo, a reivindicar a posse de bola, a impor o seu futebol ofensivo, a correr riscos e a visitar com frequência a área contrária. Assim sendo, foi natural que o primeiro golo tivesse surgido numa fase bastante madrugadora. Melanie Fortes desenvolveu uma excelente jogada no corredor esquerdo, e, no momento oportuno, cruzou para a área, surgindo aí Marta Ferreira a tocar de primeira e de pé direito para o 1–0. Depois deste golo, marcado logo aos 8 minutos, a equipa da Damaia insistiu no ataque, à procura de novo golo, ou seja, revelou atrevimento e continuou a mandar no jogo e no adversário, mas desta vez sem a consistência até então revelada, enquanto o seu adversário, sem nada a perder, decidiu avançar linhas, procurando, deste modo, discutir o resultado. Essa sua maior coragem acabou por ser premiada, quando Tiffany Eliadis recuperou uma bola no meio campo (24m) e, com um bom passe, isolou Jéssica Pastilha, que, já na área, de pé direito, rematou para o 1–1. Daí e até ao intervalo, a equipa da casa voltou a assumir as despesas do jogo. Jogou mais e jogou sobretudo melhor, perante um adversário que se defendeu com critério, mas sem deixar de contra-atacar. Lidiane Antunes teve uma boa ocasião para desfazer o empate (28m), mas o remate saiu-lhe mal, Beatriz Cameirão, em ótima posição, rematou por cima (34m), e Raquel Ferreira, sem oposição na área, cabeceou para fora (42m). As locais voltaram a ser superiores, no fecho do primeiro tempo, enquanto o CA Ouriense procurou, sobretudo, segurar o empate, o que foi conseguido e sem grande dificuldade. Na segunda parte, a equipa da casa voltou a impor-se desde o início, e, logo nos primeiros minutos, Lidiane Antunes teve uma nova ocasião para desfazer o empate. Valeu então a defesa com classe da guarda-redes Ana Rita Oliveira. Pouco depois, o SF Damaiense ficou privado de Marta Ferreira, que foi expulsa depois de ter dado um pontapé numa adversária. Nesta fase em que jogava com menos uma, as locais chegaram à vantagem, numa boa jogada de Lidiane Antunes, que, já na área, foi derrubada por Jeka Pacheco. Assucena, na conversão do penálti, permitiu a defesa da guarda-redes, mas na recarga fez o 2–1. A partir daí, o CA Ouriense tudo fez para chegar a novo golo, mas não o conseguiu, pois encontrou uma forte resistência do seu adversário na defesa da sua área e não conseguiu ter uma boa elaboração no seu jogo ofensivo. A vitória, sofrida, acaba por se justificar num jogo bem disputando, e muito valorizado pela atitude competitiva da equipa de César Matias. Com esta vitória, a equipa da Damaia sobe uma posição na tabela classificativa, ocupando agora o quinto lugar com 33 pontos, enquanto o seu adversário de hoje está na penúltima posição com apenas 9 pontos.

MVP: Ana Rita Oliveira (CA Ouriense) 9pts

(7º) Valadares Gaia FC 1—0 C Albergaria (9º)

Sábado, 15h00 | Complexo Desportivo de Valadares
Resumo: https://www.youtube.com/watch?v=MZESV3CjaFk

O Valadares Gaia FC bateu o C Albergaria no seu estádio, por 1–0, numa partida a contar para a jornada 19 da Liga BPI. O conjunto da casa entrou bem no encontro e conseguiu criar dificuldades à defesa contrária, protagonizando as melhores oportunidades de golo. Na altura em que se completava a primeira meia hora de jogo, as gaienses chegaram à vantagem com um golo marcado por Megane Sauvé. A esquerdina surgiu com bola sobre a esquerda do ataque, driblou as adversárias e, de uma zona onde normalmente saem cruzamentos, rematou, enganando Cat Sheppard, guarda-redes do C Albergaria que ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o golo. Nos segundos 45 minutos, as equipas dispuseram de situações junto da baliza adversária, mas o desacerto nas decisões e finalizações imperou e o marcador permaneceu 1–0. Com este resultado, o Valadares Gaia FC passa a somar 30 pontos, mantendo a sétima posição, enquanto o C Albergaria segue com 15, em nono lugar, um acima da zona de despromoção.

MVP: Mégane Suavé (Valadares Gaia FC) 12pts

(8º) SCU Torreense 0—0 Racing Power FC (4º)

Sábado, 15h00 | Campo Manuel Marques
Resumo: N/A

Sem golos, nem grandes oportunidades, SCU Torreense e Racing Power FC não conseguiram desfazer o nulo e empataram a zero, num desafio que andou quase sempre longe das balizas. Com o 3º lugar na mente, o Racing Power FC assumiu as despesas, mas nunca conseguiu dominar verdadeiramente o SCU Torreense. Mercy Idoko parecia ter passadeira estendida até à baliza da casa, mas a central Carolina Correia recuperou a tempo e puxou o tapete à atacante, com um desarme sublime a impedir que a atacante visitante seguisse isolada para a baliza da casa (13m). Mercy Idoko esteve novamente mais perto do golo, com um cruzamento transformado em remate, a levar a bola à malha lateral de Makenna Gottschalk. A guardiã do SCU Torreense não estava à espera, mas controlou a trajetória da bola (36m). Daniuska Rodríguez respondeu pelas da casa, com um remate de longe, mas à figura de Michaely Bihina, a fechar a 1ª parte. O equilibrou foi a tónica da 2ª parte, com as duas equipas mais preocupadas em defender do que em atacar. Beatriz Ribeiro começou a destacar-se na ala direita do Racing Power FC, defendendo bem e atacando melhor. A lateral visitante quase desfez o nulo, com um remate forte, do meio da rua, levando a bola à malha lateral da baliza do SCU Torreense (81m). Não sendo uma oportunidade clara de golo, na verdadeira aceção da expressão, foi o lance mais perigoso e aquele em que o nulo esteve realmente em perigo. O empate (justo) maném o Racing Power FC no quarto lugar da classificação. O SCU Torreense acrescenta mais 1 ponto ao seu campeonato tranquilo.

MVP: Michaely Bihina (Racing Power FC) 8pts

(10º) FC Famalicão 2—1 Länk FCV (12º)

Domingo, 11h00 | Campo nº2 do Comp. Desportivo Municipal de VN Famalicão
Resumo: https://www.youtube.com/watch?v=Igp9UnBsslU

O FC Famalicão venceu o Länk FCV, por 2–1, com o golo da vitória a ser apontado nos descontos da 2ª parte. Este jogo, que era fundamental para as duas equipas na difícil batalha pela sobrevivência na Liga BPI, foi animado e disputado desde o seu início. Tanto o FC Famalicão como o Länk FCV entregaram-se aos duelos com entusiasmo, disputando cada lance com uma boa energia, numa fase inicial equilibrada. A equipa de Rui Baptista privilegiou o futebol de ataque, avançando no terreno com segurança e com trocas de bola bem sucedidas, mas sem conseguir criar lances perigosos, pois do lado contrário encontrou uma equipa organizada e bem posicionada no terreno. O Länk FCV preferiu defender-se com ordem e critério, mas sem perder de vista a baliza de Gabi Croco, ao recorrer ao contra-ataque com frequência. Aliás, o primeiro sinal de perigo pertenceu ao Länk FCV (17m), quando Huỳnh Như, de pé esquerdo, na grande área, rematou com força para uma boa defesa da guarda-redes. Aos poucos, o FC Famalicão tomou as rédeas do jogo, reivindicando a posse de bola, sobretudo a partir dos 25 minutos. A sua equipa tornou-se mais operacional e mais prática e, como tal, conseguiu ameaçar com mais perigo a baliza de Lu Pinheiro. Sara Brasil chegou mesmo a marcar, aos 29 minutos, com um remate de pé direito, na área, e com assistência de cabeça de Mackenzie Cherry, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Quatro minutos depois, Amber Tripp falhou o 1–0, com um remate de cabeça a rasar o poste esquerdo da baliza de Lu Pinheiro, na sequência de um cruzamento de Neuza Besugo. O FC Famalicão conseguiu finalmente encontrar a melhor estratégia para ameaçar a baliza contrária, ao abrir o seu jogo aos flancos, sobretudo ao esquerdo, e foi por aí que chegou ao golo, já na fase de compensação, quando Sara Brasil, de cabeça, fez o 1–0, na sequência de um cruzamento de Amber Tripp. O Länk FCV, que até então tinha revelado um bom comportamento defensivo, acabou por ser surpreendido, depois de ter acumulado as melhores oportunidades de golo nesta primeira fase. Aliás, pouco antes do golo de Sara Brasil, só um desarme impressionante de Raquel Infante (41m) evitou o 0–1. Sem nada a perder, a equipa de Vila Verde surgiu, na última metade, com uma renovada força de vontade, à procura do empate, e, como tal, avançou no terreno, recorrendo a um tipo de jogo ofensivo simples e muito prático, perante um adversário, que, nesta fase, se apresentou na expectativa. O Länk FCV expôs-se o mais possível, sabendo correr riscos, mas desta vez não conseguiu embaraçar por aí além a defesa contrária, que, por sua vez, conseguiu resolver todos os problemas que lhe foram criados. Huỳnh Như, aos 61 minutos, fez bem a diagonal, em jogada individual, mas o remate, de pé direito, saiu à figura de Gabi Croco. Dois minutos depois, uma má receção de bola de Gabi Croco não foi devidamente aproveitada por Natalie Cooke. O treinador Adelino Esteves procurou dar um novo ânimo à sua equipa na reta final do jogo, fazendo algumas mudanças pontuais, com o objetivo de chegar, pelo menos, ao empate. A sua equipa esforçou-se bastante, replicou o melhor que soube, procurou dar a volta à situação, mas não conseguiu criar lances perigosos, pois raramente encontrou boas soluções para surpreender a defesa da casa. O FC Famalicão, nesta fase final, preferiu quase em exclusivo segurar a magra vantagem e soube guardar muito bem a sua área, dirigindo para aí todos os seus esforços, e, aqui e além, espreitou o contra-ataque. A melhor situação de golo desta segunda parte pertenceu-lhe, quando Andrea Mirón (83m) rematou de fora da área com Lu Pinheiro a defender com a perna direita e com a bola ainda a bater no poste. O jogo ganhou um novo fôlego nos últimos minutos, quando as visitantes chegaram ao empate (87m) por Huỳnh Như, de penálti, a castigar uma mão de Leandra Pereira. Quando tudo apontava para a divisão de pontos, as locais chegaram à vitória, num lance fantástico de Andrea Mirón. A espanhola avançou pelo flanco esquerdo, fletiu para o meio, e, de fora da área, rematou em arco ao ângulo superior esquerdo da baliza de Lu Pinheiro. Um golo que valeu a vitória e que contribuiu para que o FC Famalicão respire melhor nesta fase final da competição. Com esta vitória, a equipa de Rui Baptista aproxima-se do C Albergaria na luta para evitar o playoff, embora tenha um jogo a menos. A equipa de Vila Verde está, por sua vez, no último lugar com seis pontos.

MVP: Andrea Mirón (FC Famalicão) 8pts

(3º) SC Braga 3—0 CS Marítimo (6º)

Domingo, 15h00 | Estádio 1º de Maio
Resumo: https://www.youtube.com/watch?v=wG6la-PYxOA

Separadas por apenas um ponto, esperava-se um embate muito equilibrado entre SC Braga e CS Marítimo, duas equipas a lutar pelo terceiro lugar. Com uma entrada forte em campo, as bracarenses estiveram perto de inaugurar o marcador logo no primeiro minuto. A defensiva madeirense errou em fase de construção, Bia Meio-Metro ganhou a bola, entrou na área e serviu Carolina Mendes, mas a internacional portuguesa permitiu a defesa da guardiã Nicole Panis. O CS Marítimo conseguiu responder aos 17 minutos, quando Laura Luís fugiu pelo corredor direito, cruzou longo para o segundo poste, onde Rebekka Frederiksen cabeceou para corte de Ana Rute junto à linha de golo. Pouco depois, após um livre cobrado por Dolores Silva, Sissi Ribeiro rematou para defesa apertada de Nicole Panis, que voltou a brilhar, no lance seguinte, num disparo forte de Bia Meio-Metro. Aos 27 minutos, as visitantes voltaram a criar perigo, depois de lance individual de Érica Costa, que descobriu Laura Luís solta na área, mas a jogadora madeirense, em boa posição, não acertou no alvo. Perto do intervalo (43m), novamente Nicole Panis a impedir os festejos de Bia Meio-Metro, que atirou para a baliza após passe de Caroline Kehrer. Apesar de muitas ameaças, o nulo prevaleceu até ao intervalo. O segundo tempo começou com novo episódio entre as mesmas protagonistas. Bia Meio-Metro isolou-se e, depois de alguma confusão na área, rematou para defesa difícil de Nicole Panis. À passagem do minuto 56, o SC Braga abriu o resultado a seu favor. Ana Rute lançou Carlyn Baldwin no corredor esquerdo, que, junto à linha de fundo, cruzou com força e, Nicole Panis, numa intervenção infeliz, introduziu a bola na própria baliza. Nos instantes seguintes, as minhotas alargaram a vantagem, quando Dolores Silva lançou em profundidade Caroline Kehrer e a avançada canadiana encostou para o fundo das redes do CS Marítimo. A formação da Madeira sentiu muito os dois golos de rajada, cometia erros sucessivos e, aos 64 minutos, apareceu o 3–0. Ana Rute descobriu Sissi Ribeiro dentro da área e a jogadora brasileira, depois de dominar a bola, disparou fortíssimo para dentro da baliza. Com este triunfo, o SC Braga está na terceira posição com 35 pontos, enquanto o CS Marítimo desceu para sexto lugar com 31 pontos.

MVP: Sissi Ribeiro (SC Braga) 10pts

(2º) Sporting CP 3—1 SL Benfica (1º)

Domingo, 15h00 | Estádio Aurélio Pereira
Resumo: https://www.youtube.com/watch?v=4dCNbY6-qPo

Não foi o jogo do título mas foi seguramente importante para relançar a discussão entre eternos rivais. O SL Benfica precisava de vencer, para ficar a 1 só ponto do tetracampeonato, e o Sporting CP estava obrigado a ganhar, precisamente para alimentar a esperança na reconquista. As águias entraram pressionantes mas Mimi Alidou acertou na trave (16m) e na guardiã Hannah Seabert (26m). Lá pelo meio, um minuto 18 eletrizante, com uma oportunidade em cada baliza. Jacynta Gala quase colocou as leoas na frente e o calcanhar de Kika Nazareth por pouco não viralizou. O SL Benfica não marcou e o Sporting CP ganhou vida. Assistida por Olivia Smith, Brittany Raphino avançou as verde e brancas no marcador (28m), enquanto Joana Martins ampliou o resultado ainda antes do intervalo, após assistência da norte-americana (45+1m). A segunda parte foi intensa e pródiga em lances irregulares, devidamente avaliados pela equipa de arbitragem. Dois golos anulados ao Benfica, por fora de jogo de Laís Araújo (50m) e Nycole Raysla (65m), e um penálti a favor das águias, por carga de Ana Borges sobre Nycole Raysla (54m). E foi precisamente desse pontapé de penálti que Carole Costa reduziu, relançando o jogo aos 56 minutos. Kika Nazareth até esteve perto de empatar (69m), mas foi Olivia Smith quem teve pontaria certeira. 3–1 para o Sporting CP, aos 74 minutos, num golo de belo efeito a dar maior fôlego à equipa da casa. Kika Nazareth continuou a liderar a reação encarnada, mas o remate da internacional portuguesa acertou com estrondo… no poste (84m), um minuto antes de Olivia Smith ter ficado muito perto de voltar a marcar pela turma da casa (85m). O tempo esgotou-se e as verde e brancas seguraram a vantagem. Com esta vitória no dérbi, o Sporting CP reduziu a desvantagem para 2 pontos, relançando as contas do título, quando ainda faltam disputar três jornadas. O SL Benfica mantém-se no primeiro lugar, mas perdeu a margem de erro.

MVP: Olivia Smith (Sporting CP) 10pts

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